A Petrobras recebeu autorização da Secretaria de Meio Ambiente do Amapá para operar uma Unidade de Atendimento e Reabilitação de Fauna em Oiapoque, no extremo norte do estado. A instalação, voltada ao resgate e tratamento de animais afetados por atividades petrolíferas, receberá principalmente aves, mamíferos marinhos, tartarugas, golfinhos e peixes-boi.
A iniciativa integra o processo de licenciamento ambiental para a exploração da Margem Equatorial brasileira. A unidade ainda passará por inspeção do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) antes de entrar em funcionamento. Além da estrutura em Oiapoque, a Petrobras mantém outro centro de reabilitação em Belém (PA), preparado para atuar em casos de emergência ambiental.
A construção do centro em Oiapoque é uma das exigências para a perfuração do bloco FZA-M-59, em águas profundas a cerca de 500 km da foz do Rio Amazonas. O Ibama negou o pedido de licenciamento em 2023, alegando, entre outros pontos, a ausência de um plano efetivo de proteção à fauna e de uma base próxima para atendimento imediato a animais impactados por possíveis vazamentos de óleo.
A Margem Equatorial, que vai do Amapá ao Rio Grande do Norte, é considerada uma nova fronteira exploratória com potencial estimado de 9 bilhões de barris de petróleo. No entanto, ambientalistas alertam para os riscos à biodiversidade, especialmente em áreas próximas à Amazônia.