Durante a operação apenas um celular foi apreendido. Neste sábado, 27, mais de 150 policiais penais participaram da missão, que resultou na movimentação de cerca de 500 internos entre diferentes pavilhões
O Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen) deflagrou neste sábado (27) a segunda fase da Operação Tabuleiro, ação estratégica voltada a desarticular a dominação territorial de facções criminosas dentro da unidade conhecida como “Cadeião”.
Mais de 150 policiais penais participaram da operação, que movimentou cerca de 500 internos entre diferentes pavilhões. A ação foi concluída em cinco horas, sem registro de ocorrências graves ou apreensões significativas de ilícitos. Apenas um celular foi encontrado em posse de um detento, que foi encaminhado à delegacia.
Segundo o diretor da Polícia Penal, Melque Gama, o trabalho foi realizado sem disparos de armas letais ou de menor potencial ofensivo, garantindo a segurança de internos e servidores.
O nome da operação faz referência a um jogo de tabuleiro, no qual cada pavilhão representa uma “casa” estratégica. A movimentação simultânea de grupos de internos quebra estruturas criminosas já consolidadas, força a reorganização das facções e reforça o controle institucional do Estado.
De acordo com a direção do Iapen, a ação reflete a adoção do Procedimento Operacional Padrão (POP), que vem sendo implementado de forma gradativa no sistema prisional amapaense, em alinhamento com a política nacional de combate ao crime organizado do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
“O sistema prisional do Amapá passa por grandes mudanças, que já apresentam resultados positivos para a sociedade. A Operação Tabuleiro reafirma o compromisso da Polícia Penal e do Governo do Estado em fortalecer a segurança pública com ações planejadas, seguras e eficazes”, destacou Cezar Delmondes, diretor em exercício do Iapen.
Planejamento estratégico
Somando a primeira e a segunda fase, a Operação Tabuleiro já contabiliza mais de 1,3 mil internos realocados entre pavilhões, consolidando-se como uma das maiores ações de inteligência e segurança já realizadas no sistema penitenciário amapaense.
Antes da execução, a operação passa por um rigoroso planejamento estratégico. São realizados levantamentos detalhados do número de custodiados em cada cela e pavilhão, além da definição do efetivo policial penal participante e do apoio do Grupo Tático Prisional (GTP). Também são mapeados os tipos de munição, armamento, tecnologias e instrumentos de menor potencial ofensivo que poderão ser utilizados em casos de eventuais ocorrências.