Governo do Estado capacita profissionais de saúde para diagnóstico da doença de Chagas, malária e elefantíase

Treinamento é voltado para biomédicos e microscopistas de Mazagão e Itaubal, além de profissionais do PAI e Unidade Estadual de Internação

O Governo do Amapá está capacitando agentes de saúde para reforçar a precisão do diagnóstico da malária, doença de Chagas e elefantíase com o método da gota espessa no microscópio. O treinamento é voltado para biomédicos e microscopistas dos municípios de Mazagão e Itaubal, além de profissionais do Pronto Atendimento Infantil (PAI) e Unidade Estadual de Internação (UEI), em Macapá.

A capacitação, coordenada pela Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS) do Amapá, tem duração de dez dias, com encerramento programado para o dia 25 de outubro. O objetivo é a atualização dos agentes quanto ao diagnóstico laboratorial dos agravos, visando a qualidade e precisão no resultado. Cerca de 14 técnicos devem concluir o treinamento.

Maria das Dores, do município de Mazagão

Maria das Dores é do município de Mazagão e participou do curso. “Essa oportunidade me proporcionou atualização para que eu possa realizar meu trabalho com mais precisão e eficácia para a população da minha cidade”, reforçou.

A gota espessa se baseia na visualização do parasito por meio de microscopia óptica, usando coloração com corante vital. Após a análise, é possível identificar morfologia e estágios de desenvolvimento no sangue periférico, devido à sua elevada concentração.

“A ação aperfeiçoa e atualiza o trabalho dos profissionais da rede pública de saúde, que desenvolvem suas atividades em campo, por isso a SVS mantém um cronograma de cursos e treinamentos que são realizados mensalmente no laboratório do Lacen”, reforçou o superintendente da SVS, Cássio Peterka.

O gerente do Núcleo de Gestão da Rede de Laboratórios, Giovani Rodrigues, explica que o treinamento faz parte do Programa de Eliminação da Malária, lançado em junho do ano passado no Amapá, pelo Ministério da Saúde.

Giovani Rodrigues, gerente do Núcleo de Gestão da Rede de Laboratórios

“Durante o treinamento os participantes recebem orientações atualizadas sobre coleta, confecção e coloração da gota espessa e métodos de análise das lâminas, desde como devem fazer a coleta do sangue ao manuseio das amostras no microscópio”, ressalta Rodrigues.

O curso está sendo realizado no Laboratório Escola da Diretoria Executiva de Vigilância Laboratorial do Lacen, com carga horária de 80h, teórico e prático, conforme determinação do Ministério da Saúde.

Malária

A malária é uma doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários transmitidos pela fêmea infectada do mosquito Anopheles. A cura é possível se a doença for tratada em tempo oportuno e de forma adequada. Contudo, a malária pode evoluir para forma grave e para óbito.

Dados do Ministério da Saúde apontam que 80% dos registros de malária no Brasil se concentram em 33 municípios da Região Norte. No Amapá, foram cerca de 2,8 mil casos em 2022. Esse ano, de janeiro até setembro, 3.039 pessoas foram diagnosticadas com a doença.

O curso acontece no Laboratório Escola da Diretoria Executiva de Vigilância Laboratorial do Lacen

Doença de Chagas

A doença de Chagas é causada por um parasito e transmitida principalmente através do inseto “barbeiro”. O agente causador é um protozoário denominado Trypanosoma cruzi. No homem e nos animais, vive no sangue periférico e nas fibras musculares, especialmente as cardíacas e digestivas. 

Esse ano, o Governo do Estado notificou 173 casos da doença. Desse total, 22 foram confirmados. Macapá registrou 19 confirmações, e Santana notificou três. 16 casos são autóctones (infectados no próprio estado) e seis oriundos de outros estados, considerados casos importados.

Durante o treinamento, os participantes recebem orientações atualizadas sobre coleta, confecção e coloração da gota espessa

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