Em visita guiada, gestor destacou que projeto inclui intervenções especializadas para revitalizar o monumento histórico e adaptá-lo ao turismo
Nesta quarta-feira, 9, o governador do Amapá, Clécio Luís acompanhou o andamento das obras de restauro da Fortaleza de São José de Macapá, que recebe serviços emergenciais de revestimento cerâmico nas nove edificações do monumento, além das rampas de acesso e baluartes. A partir de janeiro, os trabalhos avançam para a adaptação de espaços administrativos, expositivos, gastronômicos, de convivência e paisagísticos.
“Esse trabalho é feito com muitos especialistas, material e equipamento especializado, para tirar todas as patologias que afetam a estrutura do monumento. Vai levar um tempo, mas vai revitalizar todo o espaço com novos usos sociais, para que as pessoas possam conhecer mais a nossa história e cultura, além de usar e visitar mais. Com isso, a gente também ganha pontos para que a Fortaleza possa ser reconhecida como patrimônio da humanidade pela Unesco”, destacou o governador Clécio Luís.
Liderando a visita guiada pelo entorno da fortificação, considerada a maior do Brasil e uma das maiores da América Latina, o engenheiro responsável pela obra, Márcio Joppert, explicou que o projeto possui três fases focadas em recuperar várias partes da Fortaleza de São José, como telhados, pintura, pisos, madeiras, sistema de drenagem, encanamentos, pedras e paredes.
“Além de restaurar todas as coberturas com revestimento cerâmico, faremos o arrancamento dos furos das edificações, proporcionando uma infraestrutura mínima de eletricidade. Nas rampas, faremos intervenção tanto nas laterais como na pavimentação cerâmica. Toda a parte interna e externa da Fortaleza receberão serviços”, complementou Joppert.
A arquiteta da Associação Pró-Cultura e Promoção das Artes (APPA), Deise Lustosa, responsável pelo projeto de restauro, destacou o uso de técnicas específicas para a preservação de bens tombados. Segundo ela, foi realizado um levantamento detalhado da Fortaleza, incluindo o escaneamento da estrutura e o diagnóstico dos problemas, como demolições e danos no telhado e nas esquadrias.
“Estamos utilizando as mesmas técnicas construtivas originais da Fortaleza, fabricando telhas e tijolos com materiais reutilizados da própria obra. O projeto também prevê a modernização do espaço, adaptando-o para abrigar o Museu da Fortaleza e receber mais visitantes, sem comprometer o valor histórico do monumento tombado”, contou Deise.
Restauro da Fortaleza de São José de Macapá
As intervenções serão feitas ao longo de 2 anos, em parceria com o Governo Federal, para que o espaço possua uma nova destinação social adequada ao turismo.
Toda a readequação foi definida com base na consulta pública, realizada em 2023, sobre o uso dos espaços físicos para a criação de galeria de artes, restaurantes, salas de exposições e espaço para shows.