Global Ocean Day: Amapá é destaque em evento internacional no Rio de Janeiro

No Dia Mundial do Oceano, 8 de junho, o governador do Amapá, Clécio Luís, foi protagonista do painel “Comércio Exterior e Corredor Bioceânico, ligando o Atlântico ao Pacífico, Corredor Verde e Zona Franca do Amapá”, no Global Ocean Day e Ocean20 Dialogues, evento que reuniu artistas, políticos, investidores, startups, especialistas da Economia Azul, e autoridades internacionais do clima e desenvolvimento sustentável, no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro.

No encontro, o governador apresentou os corredores bioceânicos do Amapá e as alternativas de desenvolvimento com a Rota Ilhas das Guianas, para o comércio exterior, além de posicionar o Amapá como líder na busca por um futuro sustentável para a Amazônia, combinando iniciativas como a Zona Franca Verde e a rica biodiversidade com práticas inovadoras e cooperação regional, garantindo também a melhoria na vida da população.

“Somos o estado mais preservado e protegido do Brasil e o primeiro a demarcar todas as terras indígenas sem conflitos. Devemos pensar a Amazônia, não de forma romantizada, mas para além das copas das árvores, considerando as pessoas que vivem nela. Falar em sustentabilidade com essa realidade atual do Amapá e da Amazônia, de riqueza natural e pobreza humana, é um discurso insustentável. Por isso, o nosso papel é inserir o Amapá e a Amazônia nas discussões globais”, enfatizou.

Sobre a Zona Franca Verde, o governador explicou que a iniciativa é uma alternativa para o desenvolvimento econômico e social, mantendo a floresta em pé, aproveitando racionalmente a biodiversidade, com incentivos fiscais e isenção para produção industrial.

“Esta é uma oportunidade que temos, com incentivos dados até para área de pesquisa. Temos que agregar valor nos produtos da nossa floresta, não podemos aceitar que a matéria-prima apenas saia, sem deixar valores para o desenvolvimento da Amazônia. E a Zona Franca Verde nos dá algumas alternativas para desenvolver racionalmente, explorando a biodiversidade. Por isso, estamos convidando empresas de inovação e tecnologia que queiram se associar com nosso ativo social”, explicou.

O governador, Clécio Luís também destacou as possibilidades que as empresas de bioeconomia e sustentabilidade no Amapá, estão tendo com incentivos para atuar nas áreas da economia verde como, indústria de alimentos, farmácia e cosméticos, energia renovável, entre outros.

“Temos potencial para vários empreendimentos que utilizam recursos da floresta, como móveis, através do manejo florestal comunitário. Temos para cerâmica matéria-prima que pode agregar alto poder de valor. Estamos realizando neste momento no Amapá, há pouco mais de um ano, o maior estudo de potencial de energia renovável, para que possamos ter empreendimentos, para, a partir desse ativo ambiental elevar os indicadores sociais e econômicos”, destacou.

Vale ressaltar que todos esses produtos ganham a possibilidade de ganhar o mundo através dos corredores bioceânicos como da Rota da Ilha das Guianas, que pode ser a ligação com a Europa, pela região de fronteira costeira do Amapá.

“Quem não conhece o Oiapoque, que está na expressão do Oiapoque ao Chuí, então, lá está a fronteira com a Guiana Francesa, que integra a França, e podemos chegar à Europa, um caminho que também pode gerar o desenvolvimento com outros países”, ressaltou o governador.

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